[interlegis] [gicom] Campanha para ampliação das comunidades
Claudio Morale
claudiomorale em interlegis.gov.br
Quarta Junho 3 15:43:14 BRT 2009
Claudio Morale escreveu:
> Caro Hélio, entendo que as proposições, de um modo geral, quando
> apresentadas, quaisquer que sejam elas, devam ter a atenção de todos
> pois a troca de idéias e experiências quase sempre trazem como
> resultados melhores práticas e senso comum sobre opiniões e, também, a
> otimização dos recursos que são disponibilizados. Como participei do
> Programa Interlegis (fase I) me vejo impelido a fazer algumas
> ponderações ao que escreveu:
>
> - O Programa Interlegis tem claro os seus objetivos, metas e, sabe aonde
> quer chegar.
>
> - Tudo o que conquistou, na sua primeira fase, não teria sido possível
> sem planejamento.
>
> - No que tange à Comunicação, o Programa criou infraestrutura necessária
> com a implantação da RNI, interligando as Assembléias Legislativas;
> promoveu n+kapa eventos, não saberia precisar, nesse momento, mas creio
> que mais de uma centena, comunicando e promovendo ações de modernização
> e de fomento para o uso de tecnologias como a videoconferência, não
> somente no âmbito do legislativo, e a internet; incentivou o uso de
> computadores e a melhorias de processos com o uso da tecnologia da
> informação, distribuindo kit mínimo de equipamentos e de produtos para
> mais de 3500 câmaras. Nesse ponto discordo da sua visão, porque de fato
> não foram adesões compradas - houve um trabalho de conscientização da
> necessidade delas se reestruturarem introduzindo a tecnologia como fator
> indispensável para a modernização;
>
> - A área de capacitação com os cursos à distância, apoiada que foi pelas
> áreas de tecnologia e de comunicação, teve desempenho fantástico
> atingindo milhares de alunos, algo como 7k/ano.
>
> - Desde o início, fez uso da internet e por meio de seu portal publicou
> matérias e assuntos relevantes para o Legislativo, atendeu as Casas
> aderidas, tendo, para isso, criado espaço próprio a cada uma delas para
> que publicassem suas próprias informações e as administrassem de modo
> independente sem a interferência do Interlegis. Para isso, cada casa
> tinha um administrador de seu espaço no portal Interlegis. O portal
> modelo veio como uma evolução do processo de comunicação permitindo
> descentralizar não somente o conteúdo, mas também a forma. Havia o
> entendimento de que não cabia ao Interlegis ficar mantendo as
> informações de todas as Casas em seu portal. Ou seja, além de
> disponibilizar os meios para que as casas legislativas aderidas
> publicassem suas informações, incentivou (e vem incentivando) o uso da
> tecnologia da informação e atuação independente. Para aquelas, como vc
> citou, que não têm condições mínimas, o Interlegis está se dispondo a
> suprir também a hospedagem. As atividades de campo permitiram ao
> Interlegis entender as realidades das Casas e, como isso, reorientar a
> sua atuação, segundo os níveis de maturidade em que se apresentam.
>
> - Discordo de que existam promessas ou mensagens irreais, apenas como
> todos sabemos, o legislativo é por si um ambiente político e, nem
> sempre, se tem a tempo e a hora todos os instrumentos necessários para
> voar em céu de brigadeiro.
>
> - Por fim, continuo acreditando que as Comunidades também têm papel
> fundamental de indução do processo de modernização.
>
> []'s
> Morale
> SPDT/Interlegis
>
> Hélio Leite Teixeira escreveu:
>> Amigo Jean,
>> A sua idéia é fantástica e deve ser abraçada por todos nós com o
>> espírito semelhante ao de mutirão. Onde todos são atores e cúmplices
>> da ação.
>>
>> Vou aproveitar a sua deixa para lançar uma discussão muito importante
>> e que deve preceder as ações sugeridas por você em sua mensagem. Antes
>> de discutir ações e/ou campanhas de comunicação é preciso discutir o
>> futuro da Comunicação do Interlegis. Se não sabemos aonde queremos ir
>> não chegaremos em lugar algum.
>>
>> A idéia aqui é AJUDAR os profissionais de comunicação e os gestores do
>> Programa. Quero tratar da questão por um ponto de vista pouco abordado
>> até aqui, a chamada visão “da ponta do processo”, trazer um olhar “de
>> fora” para a questão, apesar de me considerar uma pessoa “de dentro”,
>> pois além de ser um assíduo colaborador do Programa, sou também um
>> usuário dos produtos e serviços do Interlegis.
>>
>> Quero compartilhar com todos vocês um pouco do que penso sobre o tema
>> e ao mesmo tempo, baseado em minha experiência como profissional de
>> comunicação, apontar caminhos e soluções para superarmos alguns
>> desafios que se apresentam neste momento.
>>
>> O primeiro ponto que desejo abordar é a questão do Planejamento de
>> Comunicação do programa. A ausência de um planejamento de comunicação
>> adequado na primeira fase projeto, trouxe conseqüências negativas para
>> o Programa como um todo. Desde o planejamento da oferta de valor até
>> na forma como o programa é visto pelo seu target.
>>
>> Você pode estar me perguntando. Por que é tão importante ter um bom
>> planejamento de Comunicação? Para não me estender muito em minha
>> resposta, pois o assunto renderia mais de um livro, vou me ater apenas
>> ao aspecto prático da questão.
>>
>> É através do Planejamento de Comunicação que qualquer organização
>> planeja a sua oferta de valor - materializada nos seus produtos e
>> serviços - para os seus públicos. É através do Planejamento de
>> Comunicação que geramos as expectativas (a promessa de valor) na
>> cabeça do nosso target. E aqui está um ponto crucial, se gerarmos as
>> expectativas erradas nas cabeças dos nossos clientes, expectativas que
>> não podemos atender, fatalmente iremos frustrá-los, e
>> conseqüentemente, não alcançaremos os nossos objetivos
>> organizacionais.
>>
>> No caso do Interlegis, essa mensagem errada trouxe conseqüências
>> nefastas para a própria marca Interlegis. O conceito mais moderno de
>> marca aponta para três aspectos ou processos que acontecem na cabeça
>> dos clientes, e que resultam na imagem de uma marca. O primeiro
>> aspecto é o do diálogo, uma marca é um diálogo constante, portanto, é
>> preciso saber o que dizer. O segundo aspecto é o da promessa de valor,
>> é preciso planejar e comunicar cuidadosamente a oferta de valor da
>> organização, evitando promessas e/ou mensagens irreais. O terceiro
>> aspecto é o da experiência, a imagem que os clientes constroem em
>> nossas cabeças sobre determinada marca, é fruto das experiências que
>> eles têm temos com os produtos e serviços oferecidos (ou prometidos)
>> pela marca.
>>
>> Pois bem, o Interlegis precisa planejar a sua Comunicação. Para com
>> isso, gerenciar e reposicionar a sua marca na cabeça dos seus
>> clientes. Apagar a imagem paternalista construída pelas adesões
>> “compradas” das casas legislativas na fase Um, para uma imagem de
>> fomentador da modernização, de parceiro do Legislativo no seu caminho
>> da modernização. (Ouçam o Podcast que publicamos sobre o tema:
>> http://comunicacaochapabranca.com.br/?p=6033)
>>
>> O bom de tudo isso é que o Interlegis já dispõe de todas (ou quase
>> todas) as informações e recursos necessários para a realização de um
>> Plano de Comunicação, todas as informações já estão disponíveis nos
>> dados apurados no I CENSO DO LEGISLATIVO.
>>
>> Explico, de forma resumida e direta, para se comunicar eficazmente, é
>> preciso identificar uma necessidade; priorizar o que for mais
>> importante; decidir o que deseja comunicar; torná-lo pertinente para a
>> audiência e depois repetir, repetir...
>>
>> Normalmente a fase mais difícil é a primeira, a identificação da
>> necessidade. No mundo privado as empresas gastam fortunas com
>> pesquisas e mais pesquisas para entenderem o que se passa na cabeça
>> dos seus clientes. O Interlegis não tem esse problema, pois a resposta
>> para todos (ou quase todos) os questionamentos necessários à execução
>> do Plano de Comunicação, já estão disponíveis no I Censo do
>> Legislativo, conduzido com maestria pela querida Telma Veturelli e
>> pelo competentíssimo José Dantas (diretor do Interlegis).
>>
>> Isso mesmo, o Interlegis possui algo que nenhuma outra organização
>> tem. O Interlegis tem em suas mãos, um raio-x completíssimo de toda a
>> estrutura de organizacional, estrutural, política e material de todos
>> os seus clientes.
>>
>> Através dos dados do Censo é possível identificar até quantos e quais
>> clientes estão distribuídos dentro do que chamamos de espectro do
>> relacionamento. Explico, toda a Organização (o Interlegis inclusive)
>> tem os seus clientes distribuídos ao longo de um espectro, que vai
>> desde aqueles clientes potenciais que não conhecem os nossos produtos
>> e serviços (as vezes até desconhecem a existência da Organização),
>> passa por aqueles que conhecem e não utilizam, e vai até o outro
>> extremo povoado por aqueles que conhecem, utilizam e são
>> “evangelizadores” dos produtos da Organização. Para cada posição neste
>> espectro é necessário enviar uma mensagem distinta, e vocês sabem onde
>> definimos todas essas questões? No Plano de Comunicação.
>>
>> Para concluir, repito, é preciso elaborar um Plano de Comunicação para
>> o Interlegis, um Plano de Comunicação que tenha como foco principal o
>> fortalecimento daquilo que nós temos de mais valioso, as nossas
>> comunidades. E tenho certeza, não existe lugar melhor para discutir
>> isso, do que aqui no GICOM. Como a maioria aqui, eu tenho um monte de
>> idéias e sugestões que podem ser úteis neste processo. Mas antes mais
>> nada é preciso iniciarmos o debate e, em minha opinião, este é o
>> momento ideal para fazermos isso.
>>
>> Grande abraço,
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